Atualizada em 03/12/2015, às 09h55
Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 17 ficaram feridas em ataque perpetrado por três atiradores em um prédio comercial na cidade de São Bernardino, a cerca de 96 quilômetros a leste Los Angeles, na Califórnia, nesta quarta-feira (02/12).
Autoridades informaram em entrevista coletiva à imprensa que os suspeitos entraram no prédio do Inland Regional Center, atiraram contra os presentes e fugiram em um carro de cor escura.
Agência Efe
Policial acompanha pessoas sendo evacuadas de prédio atacado por três atiradores em San Bernardino, nos EUA
A polícia norte-americana anunciou na manhã de quinta-feira (03/12) que identificou o casal armado suspeito como Syed Rizwan Farook, de 28 anos, e Tashfeen Malik, de 27, descritos como possivelmente casados ou namorados.
O Inland Regional Center é uma organização sem fins lucrativos que trabalha com pessoas com necessidades especiais, situado em um complexo de escritórios e edifícios comerciais. As autoridades ainda não sabem quais podem ter sido os motivos para o ataque.
Segundo a polícia, os prédios públicos da cidade seguirão fechados enquanto os atiradores não forem encontrados. San Bernardino segue em alerta máximo de segurança, disseram os oficiais.
“Padrão de tiroteios em massa”, diz Obama
O tiroteio foi reportado pelo Departamento de Bombeiros de San Bernardino, cidade com cerca de 215 mil habitantes a cerca de 96 quilômetros a leste Los Angeles, pouco após as 11 da manhã (17h em Brasília). Agentes da SWAT, unidade de polícia especializada, e do FBI foram destacados e vasculharam o prédio em busca de explosivos, que não foram encontrados.
O presidente dos EUA, Barack Obama, foi informado sobre o ataque por sua conselheira de segurança interna, Lisa Monaco, e “pediu para ser atualizado sobre a situação”. Obama falou à emissora CBS News e fez referência à necessidade de regular a venda e o porte de armas no país, que somente em 2015 teve 355 ataques coletivos com armas de fogo. “Uma coisa que nós sabemos é que temos um padrão de tiroteios em massa neste país, sem paralelo em nenhum lugar do mundo”, disse o presidente.
O incidente acontece menos de uma semana depois de
um atirador invadir uma clínica da ONG Planned Parenthood, que oferece serviços de saúde reprodutiva, inclusive aborto, em Colorado Springs, no Estado norte-americano do Colorado. O ataque deixou três mortos, entre eles um policial, e nove feridos. Robert Dear, um homem de 57 anos com histórico de extremismo religioso e violência contra suas ex-parceiras, invadiu a clínica, fez reféns e abriu fogo contra a polícia, se rendendo após cinco horas de tiroteio e negociações. Dear foi acusado por homicídio doloso e pode ser sentenciado à prisão perpétua ou à pena de morte.