O jornalista Luis Báez, autor de ‘Absuelto por la História’ (Absolvido pela História) cobriu a maior parte das viagens de Fidel ao exterior. É memorável a cobertura que fez da invasão de Playa Girón em abril de 1961 por tropas a soldo dos Estados Unidos. Foi autor de 25 livros, alguns sobre Fidel Castro. Faleceu em 9 de fevereiro de 2015, aos 78 anos.
O livro, publicado em 2006 e cujo título faz referência à defesa de Fidel Castro – A História me Absolverá – ante os tribunais após sua prisão com o fracasso do assalto ao Quartel de Moncada em 1953, conta com opiniões sobre o líder da Revolução Cubana na voz de personalidades mundiais da política, da ciência, da religião, da cultura, da arte, do esporte do século 20. Entre eles, estão vários chefes de Estado e Prêmios Nobel: Ho Chi Minh, Juan XXIII, Lázaro Cárdenas, Salvador Allende, Nelson Mandela, Ernesto Che Guevara, Hugo Chávez, John F. Kennedy, Leonel Brizola, Richard Nixon, Juan Domingo Perón, Pablo Neruda, Lula, Gabriel García Márquez, José Saramago, Diego Armando Maradona, entre dezenas de outros, resumem seu conceito sobre o líder da Revolução Cubana nesta peculiar antologia.
O próprio Báez escreveu um artigo para o jornal Granma, em 11 de março de 2014, em que comenta seu livro:
Agência Efe
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“Não esqueci quando em 23 de janeiro de 1959 se celebrou em Havana a ‘Operação Verdade’, em razão da campanha internacional contra os fuzilamentos. Neste momento, encontraram-se na capital centenas de correspondentes dos meios de comunicação e, nessa ocasião, um jornalista mexicano me comentou: ‘Fiquei pasmo com o modo de falar de Fidel Castro. Com ele, fez sua aparição um homem honesto’.
Ninguém inculcou em Fidel suas ideias políticas; chegou a elas como resultado de suas meditações, reflexões, observação da realidade e a análise do que outros muitos disseram ou pensaram.
Durante anos busquei avaliações emitidas sobre Fidel por destacadas figuras internacionais e nacionais da política, da arte, da educação, da ciência, da medicina, do esporte e outras.
Muitas destas considerações recolhi de diversas entrevistas que realizei ao longo do processo revolucionário. As outras as descobri em memórias, discursos e em diferentes trabalhos jornalísticos. Com elas, mais de 400, preparei uma edição especial de um livro que virá à luz proximamente. Varias dessas opiniões aparecem agora neste Suplemento Especial de Granma.
Fidel é uma das grandes figuras desta época. Seu nome se repete com admiração em todos os continentes e em todos os idiomas.
Querido por seu povo e respeitado por seus inimigos. É uma bandeira e um símbolo da humanidade.
O legendário guerrilheiro da Sierra Maestra semeou-se no coração dos humildes aos milhões. Está incluído na História. Já está absolvido pela História.”